sábado, 15 de dezembro de 2012

Torre das Águias


A primeira foto-reportagem que aqui vos trago é sobre a Torre das Águias, esta fica localizada na freguesia das Brotas, concelho de Mora, distrito de Évora.
Foi através desta torre que cresceu dentro de mim esta indignação, a de deixar património histórico ao abandono. Tudo começou quando num dia normal fui visitar a terra dos meus avós, Mora, e depois da visita feita e no regresso a casa vi umas indicações já muito degradadas para uma “Torre das Águias”, como bom curioso e amante de história fui ver do que se tratava. Depois do muito mato que deixei para trás não podia acreditar naquilo que os meus olhos estavam a ver, uma Torre Manuelina totalmente ao abandono.


A Torre das Águias vizinha do rio Divor integrava a chamada vila das águias, da qual ainda existem algumas casa também abandonadas. Esta torre é um dos exemplares mais significativos de torres Manuelinas na região, tal como a Torre do Esporão.
Erguida a partir de 1520 por D. Nuno Manuel, guarda-mor do rei D. Manuel I (1495-1521), possivelmente sobre uma estrutura anterior, esta torre, um solar senhorial, era utilizada para repouso dos fidalgos nas caçadas de grande montaria, frequentes na região à época. Também se conjectura que a edificação da torre estaria ligada ao culto de Nossa Senhora das Brotas, no santuário vizinho.
Embora tenha resistido ao terramoto de 1755, começou a degradar-se a partir do século XIX.
Classificada como Monumento Nacional pelo Decreto n° 136 publicado em 23 de Junho de 1910, sofreu intervenção de reparos, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em 1946.
Atualmente encontra-se em mãos de particulares e carecendo de conservação, em adiantado estado de degradação.




Em estilo manuelino, apresenta planta no formato quadrado com cerca de 18 metros de lado por cerca de 20 metros de altura, em alvenaria, silharia e cantaria de granito, dividido internamente em quatro pavimentos, nos quais se rasgam janelas também quadradas. A cobertura seria em adarve ou terraço, coroada por merlões com balcões de matacães nos cunhais, arrematados por coruchéus cónicos.
Internamente, o pavimento térreo é constituído por um amplo salão, coberto por abóbada de ogivas nervuradas; o segundo pavimento divide-se em salão nobre, com vasto fogo de chão e cobertura em abóbada de ogivas nervuradas, e divisões contíguas; o terceiro e quarto pavimentos não apresentam divisões, com cobertura em abóbadas de cúpula abatida.



Ver Foto-reportagem completa AQUI.

Fonte:  Torre das Águias

Fotos: André Guerreiro


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Caros visitantes e interessados, em breve colocarei a minha primeira Foto-Reportagem.

Cumprimentos
A.Guerreiro